sábado, 28 de novembro de 2015

Imagens em Cardiologia - o que está acontecendo com esse marcapasso ?




Fonte: arquivo pessoal do autor

O paciente portador de marcapasso transvenoso provisório (MTVP)  tem de ser mantido sob constante vigilância até que se tenha uma conduta definitiva a ser feita.

Para isso, o doente deve permanecer com monitorização eletrocardiográfica contínua e ter as configuração de comando do MTVP aferidas, pelo menos, 2 x ao dia.

Na monitorização, deveremos ver um traço vertical precedente o QRS do paciente. Esse 'traço' representa a espícula do marcapasso e pode ser 'maior', quando for unipolar, ou 'menor' quando for bipolar.

Esses marcapassos operam em modo VVI ( para mais noções de nomenclatura veja aqui ), ou seja, estimulam o ventrículo (V), sente o batimento do ventrículo (V) e, quando o sentem, inibem-se para o estímulo próprio ventricular assuma o comando.

No traçado acima, conseguimos ver algumas espículas do marcapasso que não estão sendo conduzidas, ou seja, seguidas de um QRS logo a seguir. Esse tipo de situação é chamado de falha de captura, que pode ser secundário a diversos fatores, tais como: deslocamento do cabo-eletrodo(CE), fratura do CE, perfuração do miocárdio ou mesmo distúrbios hidroeletrolíticos acometendo o paciente.

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